Trochilidae

FAMÍLIAS

TrochilidaeOrdem: Apodiformes

Representantes: Beija-flores.

É um dos grupos que mais fascina os seres humanos. Os beija-flores são exclusivos das Américas. Existem aproximadamente 320 espécies, sendo que destas, 84 ocorrem em território brasileiro. São aves de colorações exuberantes. Seus tons brilhantes são resultado da refração e reflexão dos raios de luz na microestrutura das penas, que funcionam como pequenos prismas cristalinos. O tom refletido depende do ângulo de incidência do raio de luz. Em condições ruins de iluminação, podem parecer escuros. A coloração das outras aves é produzida principalmente por pigmentos ingeridos na alimentação. Apesar de pequenos e frágeis, os beija-flores são recordistas em vários números. Batem as asas até 80 vezes por segundo. Em repouso, respiram mais que 250 vezes por minuto. Para obter a energia necessária para manter esse metabolismo tão acelerado, os beija-flores alimentam-se do néctar de milhares de flores por dia, consumindo o equivalente a até 8 vezes o peso do seu próprio corpo. O bico é longo, especializado em alcançar o néctar das flores. Seus pés são bem pequenos, porém, com dedos fortes e unhas longas. Durante a noite, o metabolismo destas pequenas aves diminui drasticamente, abaixando a temperatura corpórea e os batimentos cardíacos, a fim de economizar o máximo de energia. Caso o beija-flor seja incomodado durante a noite, ele pode não ter mais a energia necessária para dar seus primeiros vôos na manha seguinte. Defendem agressivamente seus territórios, principalmente as flores, atacando outros beija-flores que se aproximem. São grandes polinizadores. Sua alimentação consiste principalmente de néctar, onde o carboidrato fornece a energia imediata para manter seu ritmo acelerado. Também consomem grande quantidade de insetos. Além de tudo, estas pequenas aves percorrem grandes distâncias em busca de flores melíferas e realizam migrações, tendo sido registrado até uma travessia oceânica de 667 km sem parada.

Os nomes dados a esse grupo de pequeninas aves demonstram o fascínio despertado nos seres humanos. Cientistas os chamaram de: “fragmentos de arco-íris”, “jóias da natureza”, dentre outros. O termo “colibri”, de origem indígena, significa “área resplandecente”. Os tupis batizaram-nos de “guainunbis”, que significa “pássaros cintilantes”. Para os guaranis, são tidos como “mainumbis” de significado poético: “aqueles que encantam, junto à flor, com sua luz e resplendor”.

Laboratório de Pesquisas Interdisciplinares sobre Tecnologias e Educação
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